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Segundo alguns povos orientais, 2013 é o Ano da Serpente de Água (resultados positivos ou negativos, depende do que você plantou) e pode ser um ano bastante difícil para algumas pessoas. Esse Ano, começado em Fevereiro, conforme o calendário lunar, não tem se mostrado muito diferente do fatídico ano de 2012.
Posso resumir da seguinte forma: a virada do ano foi tranquila, Janeiro me trouxe excelentes viagens e boa companhia (ano antigo no calendário chinês), já Fevereiro se mostrou, novamente, o mês das revelações: minha Oma está doente. Problemas no rim e no sangue. Aos 78 anos, essa mulher que nasceu no Brasil, ainda jovem foi morar na Alemanha, enfrentou a guerra, voltou ao Brasil, não sabia o português se virou, casou, teve tês filhos está doente. Mais uma vez vem uma doença braba para me ensinar quão frágil e delicada é a vida. Mostra-me me também que devemos aproveitar cada segundo do agora, pois o futuro é incerto. Como ouvi em um filme que vi com a minha mãe: "a única certeza acerca do futuro é de que ele será diferente". Procuro me manter sempre positiva e acreditar que o futuro será bom, mas às vezes ele me prega uma peça, às vezes ele parece um pouco injusto.
Mas e quem sou eu para julgar o que devemos atravessar em vida?
A minha cabeça tem mil teorias armazenadas sobre momentos como este, de como deveríamos lidar com as coisas diante de uma enfermidade, mas essas teorias jamais me farão compreender o que outra pessoa está sentindo. A dor, o medo, a angústia, a fraqueza diante do inesperado só são entendidas pelo doente, o máximo que posso fazer é imaginar como o outro se sente e acredito que nem assim chegou perto dese sentimento.
Eu sei que o modo como a gente encara um momento como esse reflete e muito no tratamento, assim como eu acredito que sentimentos ruins armazenados dentro da gente também podem vir a nos fazer adoecer, então, um conselho clichê, mas muito importante: cuidado com o que você faz e com o que você pensa.
Para a minha Oma e o momento que ela está passando eu só posso permanecer ao seu lado, oferecer meu ombro, meu colo, meu abraço e rezar para que enfrente isso da melhor forma possível. E se eu puder falar apenas uma coisinha, que talvez você não goste, é que, provavelmente, seria bom olhar para trás e ver quais sentimentos negativos estão pesando em seu coração e, quem sabe, aos poucos ir varrendo-os para fora de si, perdoando quem te fez mal, mesmo que sem querer, perdoar a si mesmo por qualquer coisa que acredite que tenha feito de mal e entender que os sentimentos corroem tanto quanto comida não balanceada, sal ou sedentarismo. Deixe seu coração livre para as coisas boas podere fluir. As ruins já foram, mudaram você e a sua percepção do mundo, mas elas não definem quem você é e não podem te impedir de continuar lutando. Acredite nisso.